quarta-feira, 4 de janeiro de 2017

Receber bem, que mal tem?

Fonte: http://filmes.disney.com.br/divertida-mente

A frase ódio a primeira vista é tão verdadeira quanto a frase amor a primeira vista, e para o professor a primeira vista nada mais é do que o primeiro dia de aula. A postura adotada pelo profissional nas semanas iniciais do ano letivo irá marcar positivamente ou negativamente todo o seu trabalho ao longo do ano.
Não irei tratar aqui dos aspectos como vestuário, respeito as diversidades encontradas em uma sala de aula, parcerias, gestão democrática, etc, mas sim a importância do aluno sentir que sua presença é recebida com amor e não ódio por parte do professor.
E não vale simplesmente pedir para o aluno desenhar como foram suas férias ok? Mesmo porque você não sabe as maravilhas ou os desastres que aconteceram.
Então planejar uma atividade diferenciada na primeira semana de aula é um trabalho extra? sim, mas que poderá contribuir em muito com o trabalho pedagógico através de facilidades promovidas por um relacionamento positivo entre o professor e o aluno.
No ano de 2016 utilizei como estratégia o filme "Divertidamente", o mesmo foi exibido para onze salas de aula (Ensino Fundamental II - 6° ao 9° ano), ao longo das férias assisti com minha filha várias vezes e descobri como o mesmo está relacionado a vida escolar.
Inicialmente comentei o quanto estava ansiosa pelo retorno e que o  mesmo foi pensado e organizado com muito carinho. Ao final de cada apresentação promovi espaços de diálogos para que os alunos levantassem os momentos alegres, tristes, medrosos, raivosos e nojentos vivenciados na escola.
Ao final comentei com os alunos a importância de vivermos todos os sentimentos  e de estarmos preparados para todos os tipos de aula que aconteceriam ao longo do novo ano letivo, inclusive que a alegria presente em mim naquele momento não seria a mesma ao longo do ano, dando lugar ao medo, a raiva, ao nojo e a tristeza, assim como a personagem principal do filme.

quinta-feira, 22 de dezembro de 2016

Fracasso Escolar: a responsabilidade compartilhada.

“Nenhum pensamento reclama tanto a comunhão dos olhares para fora e para dentro como o pensamento sobre a educação.”
RUBENS ALVES(2012, p.9)

Fonte: http://obviousmag.org/filosofia_tecnologia_arte_e_pensamento/2016/reforma-do-ensino-medio-retrocesso-transformado-em-desastre-total.html

Envolvendo a temática educação podemos encontrar uma gama repleta de assuntos interligados ou não, que foram entendidos e divulgados sob olhares divergentes influenciados pela situação político-econômica da sociedade em questão. Dentre estes temas encontra-se o fracasso escolar, ou a não conclusão do processo ensino-aprendizagem como muitos preferem adotar.
O fracasso escolar pode ser analisado, e por alguns, até justificado utilizando-se diversos olhares, quanto mais complexo e interligado este olhar, maior será a aproximação da realidade que o cerca.
Desta forma entendemos que o fracasso escolar não pode e não deve ser entendido utilizando apenas uma ciência. Estudar as falhas no processo ensino-aprendizagem apenas sob a ótica da pedagogia, ou da psicologia, ou da neorociência, ou da psicopedagogia, distancia o pesquisador do seu objeto: “o aluno que não aprende”.
È necessária a observação de como os sujeitos envolvidos no processo ensino-aprendizagem em uma unidade escolar, entendem e representam suas ligações com a ocorrência do fracasso escolar, salientando que a vivência em uma escola muitas vezes mostra que alguns dos envolvidos não se vêm como responsáveis pelo fracasso escolar.
As leituras realizadas apontam para a necessidade cada vez maior de levar a discussão a respeito do fracasso escolar além das reuniões dos conselhos escolares, contribuindo assim para que cada sujeito escolar entenda que está sim envolvido e que colabora positivamente ou negativamente com o processo de ensino-aprendizagem.

Fonte:http://escolaefamilia-2013.blogspot.com.br/2013/05/algumas-charges.html


Infelizmente uma escola que compartilha suas responsabilidades não faz parte da realidade de alguns professores. No entanto, verifica-se que mesmo assim quando este profissional decide provocar o aprendizado, o mesmo respeita as individualidades do seu alunado e promove as ligações necessárias entre os sujeitos, e principalmente entre o que o aluno sabe e o que ele necessita aprender.

A escola deve promover espaços de diálogo para que juntos todos os sujeitos envolvidos no processo de ensino-aprendizagem (equipe gestora, professor, aluno, família) reavaliem qual seu papel na atual sociedade e como sua conduta com relação à educação escolar contribuirá com a sociedade do futuro.
Referências:
ALVES, R. “A escola com que sempre sonhei sem imaginar que pudesse    existir”. Campinas, SP:Papirus, 2012.
BOSSA, N.A. “Fracasso escolar é o fracasso do sistema educacional”.G1:2011. Disponível em www.g1.globo.com. Acesso em 20 de Outubro de 2016.
FREIRE, P. “Que fazer: teoria e prática em educação popular”. 13 ed. Petrópolis. RJ: Vozes, 2014.
MARTINS, A.E.D. “O papel do gestor escolar no processo de ensino-aprendizagem”. Artigo para conclusão do curso de especialização em Gestão Escolar. Batatais, SP: Centro Universitário Claretiano, 2014.
MARTISN, A.E.D. "O Fracasso Escolar: a responsabilidade compartilhada".Artigo Científico Apresentado à Universidade Candido Mendes - UCAM, como requisito parcial para a obtenção do título de Especialista em Psicologia da Educação e Aprendizagem, 2016.

quarta-feira, 23 de setembro de 2015

Conflitos em sala de aula:



Foto: www.gestãoescolar.abril.com.br

“... os conflitos na escola podem ser construtivos, mas também podem ser destrutivos. As atitudes do adulto no processo de resolução é que farão a diferença.” TOGNETTA, L.R.P., p.20, 2007.

Como é difícil e ao mesmo tempo necessário repensar a prática docente constantemente, a dificuldade está em aceitar que o professor assim como outros profissionais comete erros, no entanto, o professor "desejável" é aquele que percebe suas falhas e dedica parte do seu tempo para refletir, buscar outras estratégias e mudar as intervenções praticadas.
Muitos educadores orgulham-se em afirmar: “Em minha sala de aula não existe conflito”, “Ninguém respira quando eu entro”. Observa-se que a palavra conflito é entendida por muitos como algo negativo, como oposição a harmonia e paz que alguns acreditam buscam em suas salas de aula.
Almejar que 20 ou 30 indivíduos diferentes possam ouvir entender, analisar e compartilhar informações de forma igualitária e harmônica é desejar que os alunos apenas obedeçam cegamente os comandos.

No entanto quando pensamos a palavra conflito no sentido de divergência, encontramos os seguintes sinônimos: oposição, choque, desacordo, antagonismo, revolta, enfrentamento, ou seja, a sala de aula é por natureza palco de inúmeros conflitos e cabe ao educador percebê-lo de forma construtiva utilizando uma antiga ferramenta: o diálogo.

terça-feira, 15 de setembro de 2015

Quais as habilidades necessárias para ser um professor?


Professor assim como qualquer outra profissão exige determinadas habilidades, o problema é que no caso do professor nos deparamos com uma complexa rede de habilidades, sempre em evolução e movimento.

Inocentemente pode-se pensar que a habilidade principal seria o conhecimento do conteúdo que será trabalhado em sala de aula; ou a habilidade de manter os alunos  mudos e estáticos; ou a habilidade de colecionar notas vermelhas cabendo apenas aos iluminados alcançar o tão dourado "10".
Existem também professores habilidosos em ouvir, outros em falar, outros em fazer. 
Enfim encontram-se nas salas de aula mestres em diversas habilidades com o objetivo de transformar a vida do aluno através da educação. 
No entanto já dizia Chico Xavier não podemos nunca ofertar o que não temos, ou seja, não podemos provocar mudanças em nossos alunos se não possuímos a habilidade de adaptação, para através de estudos e pesquisas continuadas inovar nossas práticas, para exercemos assim nosso compromisso profissional de formar uma sociedade autônoma.

quarta-feira, 18 de março de 2015

Mão na massa....Aula Aspectos Físicos Continente Americano - Maquete

Esta semana finalizamos um projeto referente a construção de uma maquete do Continente Americano representando o relevo, a hidrografia e os países, participaram da construção alunos do 9A, 9B, 9C, 9D e 9E.
Antes de iniciarmos esta atividade o conteúdo foi apresentado através de textos e mapas.
Cada sala foi dividida em três grupos (América do Norte, América Central e América do Sul) para proporcionar a participação de todos.
Utilizando folha vegetal, carbono e caneta transferimos o contorno do continente para o isopor.

Mesmo crescidos eles gostaram de colocar a mão na massa e ajudar a preparar a receita caseira. (2 xícaras de trigo, 1 xícaras de sal, 1 colher de óleo , 1/2 xícara de água e tinta guache).

Estabelecemos a seguinte correlação de cores: Marrom  - montanhas; Laranja, Amarelo - Planaltos e Verde  - Planícies.

Todos os alunos sem exceção contribuíram na colocação das camadas de massa.
Após finalizar a camada os alunos voltavam a consultar o mapa para delimitar a camada seguinte:


Após a colocação da massa chegou o momento de nomear as principais formas de relevo:

e os principais rios...


Também acrescentaram os países que foram fixados com palito de madeira.

e então finalizamos nossa maquete que será utilizada durante este semestre:

Adorei este projeto agradeço a Direção e Coordenação da EMEF " João Ruffino", que providenciaram o material utilizado, e principalmente aos meus queridos alunos.


Encerramos este conteúdo com a exibição de vídeos referente aos aspectos físicos, para que os alunos correlacionassem  a maquete com imagens.




segunda-feira, 9 de março de 2015

Aula 6 Ano - Elementos Naturais e Elementos Culturais

Cada vez mais utilizo o desenho para que meus alunos representem sua leitura de mundo a respeito de diversos temas, desta forma trabalhei a temática inicial do sexto ano.

Primeira aula:
Através da representação do desenho, solicitei que fossem organizados grupos de até seis alunos e que os mesmos desenhassem o que entendem por espaço geográfico, observei sua organização, a divisão de tarefas e incentivei a participação de todos, lembrando principalmente do fator tempo. 
Desta forma foram apresentados diversos olhares a respeito da temática como podem ser observados nas imagens seguintes:





Segunda Aula:
Solicitei que os grupos trocassem de desenhos e entreguei um quadro para que os alunos observassem o desenho dos colegas e retirassem os elementos naturais e os elementos culturais, acompanhei este processo e conforme as dúvidas iam surgindo eu auxiliava.
Posteriormente fixei os desenhos juntamento com os quadros preenchidos na lousa e realizamos de forma coletiva as conclusões à respeito da temática proposta.




Utilizando assim o desenho para construirmos coletivamente o conceito de espaço geográfico como produto das inter-relações entre os elementos naturais e humanos.

domingo, 8 de março de 2015

Sugestão Aula: Boas Vindas Ano Letivo


Passo a passo:

Materiais: açúcar, achocolatado, sal, leite em pó, e chocolates (tipo BIS).

1 - Começo motivando os alunos e experimentar novos sabores e convite para que alguns venham à frente para participarem, solicito a ajuda de um aluno para escrever nossas impressões na lousa e outro para fotografar o momento.

2 - Vou em ordem entregando os ingredientes para os alunos experimentarem e após cada um,  o grupo escolhe palavras para descrever o  sabor, sendo estas anotadas na lousa.

3 - Uma das etapas apresentamos todos os ingrediente misturados.
4 - E por último peço que fiquem de olhos fechados e ofereço o chocolate (BIS).
5 - Agradeço e peço que todos sentem e inicio minha fala.

Podemos realizar diversas associações: da necessidade do fogo, ou seja, do amor para transformarmos ingredientes em um delicioso chocolate; podemos associar as palavras citadas com as aulas que os alunos terão ao longo do ano,  e finalizamos a dinâmica discutindo quem assume o papel do chefe de cozinha: o professor ou o aluno?, e é claro que todos se surpreenderam quando revelei que o grande chefe é o aluno, ele é quem decide se as aulas terão sal, açúcar, e principalmente qual o prato que desejam saborear no final do ano letivo, e nós professores, assim como cita Rubem Alves, somos apenas simples assistentes, passando as ferramentas (conteúdos acadêmicos) à medida que o cozinheiro determina.

Desejo assim um saboroso ano letivo, com dias salgados, saborosos, doces, maravilhosos, perfeitos, estranhos, amargos, mas que possamos juntos experimentar e criar novos sabores, novos saberes.